Está uma pessoa sentada num banco de jardim, presa à sua calmia, e ouve a seguinte afirmação:
Pois é, não é?
Está uma pessoa sentada num banco de jardim, presa à sua calmia, e ouve a seguinte afirmação:
Esta semana na revista TvGuia encontrei esta crónica excelente de Francisco Moita Flores sobre um caso bastante interessante. Passou-se em Inglaterra com um Português e é um caso que dá que pensar. É feita aqui uma comparação entre este caso de Nicolas Bento e o caso Maddie e são comparadas ainda a diferença de trabalhar do sistema jurídico Inglês e Português. Depois de ler esta pequena crónica só nos resta chegar a uma conclusão: os Ingleses, não são afinal, mais perfeitos que nós. Como não se consegue ler na imagem passo a citar o texto tal como foi escrito na TvGuia (caso prefira clique na imagem para ler original):
“Chama-se Nicolas Bento. Terá cerca de 30 anos e, há cerca de dois anos e meio, um tribunal inglês condenou-o a prisão perpétua por julgar ter provas de que ele assassinara a namorada, uma jovem muçulmana encontrada morta num lago onde possivelmente se suicidou. O puto sempre protestou a sua inocência e a mãe e as irmãs nunca deixaram de lutar por ele. Mas era português, ainda por cima não era branco, ainda por cima encontrava-se em Inglaterra, ainda por cima a namorada era, também, de uma minoria com pouca consideração. O primeiro advogado de defesa desconsiderou-o e, até, foi um dos artífices que o atiraram para a condenação para o resto da vida. Nicolas protestava a sua inocência e os meses e anos iam passando sem ninguém, ou pelo menos pouca gente, dar conta da possível tragédia de ali existir um tremendo erro jurídico. Fiz parte do grupo de pessoas que se solidarizou com Nicolas Bento. Tive acesso a provas da sua inocência e defendi, com outros, a impossibilidade de ter cometido o crime. A polícia inglesa não ligou. Os tribunais ingleses não ligaram e Nicolas cada vez via a luz ao fundo do túnel mais longe. Até que a família encontrou um advogado digno desse título. Percebeu o desleixo e a negligência como o caso fora tratado e começou a trabalhar. Reconstituições, exames laboratoriais, novas abordagens da situação e, agora, a justiça inglesa veio a reconhecer o erro e a proceder à imediata libertação de Nicolas. Em poucos instantes, o tempo de abrir a porta da prisão, tornaram a abrir-se para este infeliz as portas da esperança. Não pode ser outra coisa que não um infeliz, um desgraçado que passa dois anos e meio preso, com a certeza de uma prisão perpétua às costas, graças ao desprezo com que o seu caso foi tratado. Está de volta a Portugal e à companhia da sua família e encerra o capítulo mais negro da sua vida. Regressou à felicidade. Fim da história. E agora vamos à moral que dela se retira: Quando um caso idêntico mas ao contrário aconteceu em Portugal, o caso Madeleine, foi Portugal insultado por ter uma justiça obscena. Nem uma prisão houve mas fomos enxovalhados em nome do imperialismo inglês. Que dizer agora, desta brutalidade, típica da justiça mais cruel da história da humanidade?"
Para todos aqueles que gostam de ler e sobretudo ler sobre vampiros adolescentes sejam bem-vindos. A Stephanie Meyer é cada vez mais um nome ressonante neste tipo de literatura. Para quem não sabe quem esta senhora é aqui fica uma ajuda: autora da colecção mais conhecida como saga Twilight. Aqui fica um artigo do Jornal de Notícias onde se relata então este novo fenómeno:
Vampiros desalojam Harry Potter nos EUA
Uma história de vampiros para adolescentes acabou com o reinado do mago Harry Potter na lista de vendas dos Estados Unidos, onde o último livro escrito por Joanne K. Rowling ocupa agora a segunda posição.
De magos a adolescentes, parece ser essa a mudança de gosto dos americanos que esta semana decidiram trocar as aventuras de magia idealizadas pela escritora britânica pelas de sangue e vampiros oferecidas pelo livro "Eclipse", da norte-americana Stephanie Meyer.
Depois de três semanas como o livro mais vendido na maior parte das livrarias do país, "Harry Potter and the deatlhy halows" deu lugar a este livro de aventuras dedicado ao público juvenil, que ocupa a primeira posição na lista elaborada pelo diário "USA Today".
Na sua primeira semana, "Eclipse" conseguiu vender cerca de 250 mil exemplares em todo o país, um número muito longe dos 11,5 milhões que colocou o tão aguardado livro de Harry Potter nos tops nos sete dias que se seguiram à sua publicação, a 21 de Julho. A série literária criada por Meyer, que jamais tinha alcançado a primeira posição nas listas de vendas do país, conta as aventuras de uma adolescente que se apaixona por um vampiro, em livros que misturam a fantasia e o amor.
"Parece que neste género há um vazio para histórias em que os mais jovens não consomem drogas ou têm relações sexuais", assegurou ao "USA Today" a autora que publicou os números anteriores da série em 2005 ("Crepúsculo um amor perigoso") e 2006 (Lua Nova).
Mãe de família a viver no Arizona, Meyer disse que nunca imaginou tornar-se escritora quando começou a escrever o primeiro livro de vampiros que idealizou, depois de sonhar numa noite com uma jovem que falava com um atraente vampiro.
As histórias de Meyer agradam especialmente à raparigas, segundo a escritora, que admite que todas as personagens "mesmo os vampiros, têm pensamentos religiosos, apesar de não se poder dizer que as histórias sejam religiosas".
por:Suki
I guess today was almost a good day...almost.
por:Suki
Um dia, em 1971, em Cincinnati, o escritor Richard Zimmler viu os Jackson Five Muitas agências de viagens especializadas, nos Estados Unidos, levam grupos de adolescentes em excursões de Verão, de autocarro, pelo Faroeste, a fim de visitarem parques nacionais como o de Yellowstone e o Grand Canyon. Quando tinha 15 anos, em 1971, eu sonhava ir numa dessas "excursões de adolescentes". Mas tinha um irmão mais velho - então com 25 anos - que estava sem trabalho e que se ofereceu para me levar em viagem. Os meus pais deram autorização. Assim, numa manhã, no princípio de Julho, ele e eu metemos o nosso equipamento no gigantesco Chrysler do meu pai, que consumia imensa gasolina, e partimos da nossa casa de Nova Iorque para a Califórnia, munidos do cartão de crédito do pai e de mil dólares em "traveller's checks". Depois de pernoitarmos num parque do Estado nas montanhas da Pensilvânia e, depois, em Cincinnati, parámos em St. Louis para ver o Arco e o rio Mississippi. Na tarde do dia da nossa chegada, lemos no jornal que os Jackson Five estavam na cidade e iam actuar nessa noite! Eu adorava os Jackson Five desde que tinha ouvido "ABC", um dos seus primeiros êxitos, cerca de um ano antes, e possuía um dos álbuns deles. Na escola, os meus amigos e eu costumávamos fazer imitações de Michael - então com 12 anos - a cantar e a dançar "Stop! the Love you Save", a canção deles minha preferida (ainda sei a maior parte da letra, embora o meu falsete já não seja o que foi em tempos). O meu irmão cedeu às minhas súplicas e conseguimos arranjar bilhetes. O que descobrimos ao chegar à sala do concerto foi que, em St. Louis, os Jackson Five eram um fenómeno exclusivamente negro. Na assistência, havia 9998 negros e o meu irmão e eu. O que me surpreendeu foi que não havia uma clara divisão racial como aquela em Nova Iorque. Muitos dos miúdos que frequentavam a minha escola - que era 99 por cento de brancos - pensavam que os Jackson Five faziam grandes êxitos discográficos e dançavam fantasticamente bem, tal como pensávamos que Stevie Wonder, as Supremes e os Sly and the Family Stone faziam grande música. A Motown também era a nossa música. Foi uma sensação estranha estar em tamanha minoria pela primeira vez na minha vida. E foi assustador ao princípio, também. No entanto, embora algumas pessoas nos olhassem com uma expressão bastante hostil, ninguém nos importunou. Quando os Jackson Five apareceram em palco - ao estilo afro, com calças de boca de sino -, a multidão ficou enlouquecida, claro. E o que adoravam ainda mais do que Michael a cantar era ele a dançar. O miúdo conseguia deslizar, pavonear-se e pular de um lado para o outro como ninguém. E conseguia girar e rodopiar sem sequer sair do tom. Os outros irmãos - embora dançassem em perfeita sincronia e tocassem bem os seus instrumentos - já eram apenas estrelas acompanhantes. O meu irmão e eu estávamos sentados bastante acima na bancada e, à nossa volta, era como se tivéssemos ido a um concerto de gospel numa igreja negra, com toda a gente - senhoras negras bem vestidas, adolescentes, crianças - a gritar: "Solta-te, Michael!"; "Mostra-nos do que és capaz!"; "Vá, Michael, vá!" Lembro-me que ele cantou todos os êxitos do grupo mais uma nova canção, "Going back to Indiana", a qual ele explicou à assistência que havia sido escrita para um programa especial de televisão, que tinham acabado de fazer, sobre o seu regresso à cidade natal, Gary, no Indiana. A canção ficava no ouvido e eu quis ver o programa de televisão, mas suponho que foi para o ar enquanto eu andava em viagem nesse Verão e não o apanhei. E nunca mais voltei a ver Michael actuar ao vivo. Menos de dois anos depois, a voz dele mudou e as suas primeiras tentativas musicais como jovem adulto pareceram patéticas, sobretudo "Ben". Então, saiu "Thriller", em 1982, quando Michael tinha 24 anos, e era evidente que Michael se tinha reencontrado de novo. E a dançar melhor do que nunca. Fiquei feliz por ele - parecia ter feito o quase impossível e ter deixado a sua vida de criança vedeta para trás. Estava obviamente a evoluir para maiores ambições artísticas. Depois, veio o longo declínio - as cirurgias estéticas, batalhas legais, dedicação arrepiante a crianças e falsas amizades com estrelas de Hollywood. Perdi todo o interesse por ele e pela sua música. Por isso, foi uma surpresa dar comigo tão triste com a sua morte. Que vida louca que ele teve, e como parecia frequentemente tão perdido e inautêntico. Durante estes últimos dias, sempre que via um clip dele na televisão, como ele era nos anos mais recentes, é difícil acreditar que era a mesma pessoa que o rapazinho de expressão doce, dinâmico e com um talento ímpar que eu vi em St. Louis em 1971. Mas era. E esse miúdo tinha sido belo." por: Mikas fonte: http://ipsilon.publico.pt"A noite em que vi Michael Jackson
palavras escolhidas, sentidas, desenhadas, que percorrem os vários meandros do ser e partem da palma da nossa mão... são loucuras, excentricidades, curiosidades, que partem desta margem de nós, como se fossem pequenos segredos criados entre mim e eu...
aqui encontram-nos entre perdidos e achados...