vivi-te na minha alma, trouxe-te dentro de mim... viajei nos silêncios pelo teu sorriso, pela tua voz, pela pessoa que tratava a vida por Tu. Lembrei-me de como as palavras dos Grandes como Fernando Pessoa ou de Sophia de Mello Breyner eram tão simples e vivas na tua voz... de como tu me fizeste apaixonar pelo papel e pela caneta, naquelas danças entre a mente, a alma e o mundo... de como as nossas manhãs tinham outro sabor acompanhadas por um café acabado de fazer. E ontem perdi-me nas memórias de ti. A minha mente fugiu para aquelas palavras que libertavam em mim o melhor que eu tinha... para aquelas longas tardes, sentado à mesa, procurando a paixão nas letras... para os almoços de menino e senhora, que me ensinaste a adorar... E, assim, como quem vem do ar, uma lágrima nasce nos meus olhos... viva, cheia de saudades de ti.
Fazes-me falta, sabias? Queria poder dizer-te algo diferente do que os anos gravaram no tempo. Gostava de te te dizer algo que não fosse vulgar, mas importante... aquelas duas palavras que semrpe guardei longe dos teus ouvidos, mas que sei que o teu coração sempre ouvio. Adorava poder agarrar a tua mão e ouvir as tuas histórias, que terminavam com um sorriso... aquelas palavras que sempre preencheram um espaço na minha imaginação... aquele sorrir que acompanhava o apoio incondicional que semrpe me deste. Sinto muito a tua falta, sabias? E hoje está difícil de não fugir de mim para ti... daqui para ai, nesse sítio escondido no meu coração, onde agora vives... onde não te posso abraçar, tocar, partilhar a alegria de conseguir aquilo que nunca duvidaste que conseguiria e dizer-te o quanto o teu amor me faz falta...
Fotografia de: Leonardo Mansinhos
por: Mikas
