Espaço Reservado

"os pensamentos voam, mas as palavras vão a pé."

30/06/09

Perguntas...

Perguntas retóricas são a minha especialidade…vai uma aposta? Ora vejam:


Porque é que nascemos?
Porque é que vivemos?
Porque é que morremos?
Porque é que sofremos?
Porque é que amamos?
Porque é que os homens são de Marte e as mulheres de Vénus?
Porque é que há pobreza?
Porque é que há guerra?
Porque é que há estrelas no céu? (ok…não muito retórico, mas poético)
Porque é que não há mais riso e alegria?
Porque é que há tanta mentira?
Porque é que há tanta hipocrisia?

Não pensem que por fazer estas perguntas me podem tomar por ingénua…estas são apenas perguntas com que me debato quando o dia corre mal. Mas sabem qual é a melhor pergunta retórica?


Porque é que existem tantas perguntas retóricas?
por: Suki

29/06/09

Conclusão

Cansei!
Porquê?
Não sei!
Dia após dia
Dei
Amei
Sorri
Chorei.
Para quê?
Não sei!
Agora parei.
Porquê?

Cansei!

Alda Filipe (1992)


por: Suki

Tenho um pensamento teu
guardado em mim... aquele dia em que te conheci e peguei em ti... quando agarraste a minha alma e fiz-te promessas de amor eterno. A tua pequena mão fechada sobre a minha... testa sobre testa... sussurrei-te ao ouvido "bem-vindo ao mundo"... e fiquei parado a decorar as linhas do teu rosto... essa perfeição sobre a Terra, que depressa tatutou o seu pequeno sorriso em mim. Nem imaginas as vezes em que imaginei como seria ouvir-te rir, como seria ouvir-te chamares-me "tio Mi" ou como seriam os teus primeiros pequenos grandes passos... nem sabes quantas foram as vezes em que te sonhei acordado...
Ainda hoje fico parado a ver-te correr, a seres criança a brincar aos mundos que fogem de mim para ti... aqueles sítios onde só as crianças entram, deixando os adultos à porta. Sabes roubar-me sorrisos e risos com um só olhar teu... desenhas em mim uma luzinha bem pequena, mas forte, como tu só sabes ser. Meu pequeno, minha grande inspiração, faz hoje três anos que me ensinaste o valor do verbo amar e acrescentaste em mim pensamentos que não são só meus, mas teus... obrigado por estares assim na minha vida...

Muitos Parabéns...

por: Mikas

27/06/09

Reflexão...

"Um optimista pensa que este é o melhor dos mundos.

Um pessimista teme que isso seja verdade."

Doug Larson

por: Suki

“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.”

John Dewey

O crescimento da sociedade baseada no saber depende da produção de novos conhecimentos, da sua transmissão através da educação e da formação da população. As universidades têm de singular o facto de participarem em duas partes deste processo, devido ao papel fundamental que desempenham na formação dos investigadores e ao desenvolvimento regional e local, para o qual podem assegurar um contributo importante. Com efeito, as universidades operam num ambiente cada vez mais globalizado e em constante evolução, marcado por uma concorrência crescente para atrair e manter os melhores talentos e pela emergência de novas necessidades, às quais têm obrigação de dar resposta. Contudo, o mundo universitário não está isento de problemas. Actualmente, as universidades portuguesas não são competitivas e dispõem de menos meios financeiros do que as suas homólogas nos restantes países da União Europeia. Coloca-se, pois, a questão da sua capacidade de competir com as melhores universidades do mundo, assegurando um nível de excelência sustentável.
Para levar a efeito a Agenda de Lisboa, a U.E lançou uma série de acções e iniciativas nos domínios da investigação e da educação, entre as quais se destaca a tão badalada Declaração de Bolonha. Representando um desafio muito importante, este Processo acentua a necessidade de estabelecer, até 2010, um Espaço Europeu de Ensino Superior coerente, compatível, competitivo e atractivo para os estudantes. Os objectivos definidos preconizam a adopção de estruturas de graus baseada, essencialmente, em dois ciclos, que assumirão perfis e orientações diferentes, consoante os intuitos individuais e académicos e em função do exercício profissional.
A participação de Portugal na construção do Espaço Europeu de Ensino Superior é vital para o desenvolvimento do País.
Participar no Processo de Bolonha implica necessariamente a introdução de reformas no ensino superior, exige partilha de responsabilidades e a concentração de esforços por parte do Governo, da Administração e das Instituições de Ensino Superior. No entanto, nos primeiros meses de 2006 as universidades portuguesas foram “obrigadas” a reformular os seus planos curriculares, num curto espaço de tempo, de forma a adequarem a sua oferta ao novo sistema de ensino que teria de entrar em vigor até 2008. À medida que o ano lectivo 2006-2007 vislumbrava o seu começo, as lacunas de tão precária preparação e/ou adequação começavam a aparecer, tornando a abertura académica num caos burocrático, do qual foi difícil sair.
Durante a sua instauração em Portugal, os jornais foram dando predominância ao Orçamento de Estado de 2007, que contemplava um corte de 6.2 % nos orçamentos de funcionamento das instituições de Ensino Superior, o que não chegava para pagar os salários em metade das 14 universidades e cinco dos 15 politécnicos públicos. O Jornal de Negócios, por exemplo, comparou as verbas concedidas pelo Governo e as previsões de gastos com remunerações certas e permanentes em 2006, dando origem a uma tabela que revela que o Instituto Politécnico de Tomar é a instituição mais penalizada, já que vai receber menos 11.8 % do que gasta em salários. Sendo precedido pela Universidade do Algarve, dos Açores, de Aveiro, Évora, Minho, Trás-os-Montes e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Porém, estes dados pecam por defeito, pois não contemplam os aumentos salariais de 1.5% previstos para 2007 e os descontos de 7.5%, que as instituições de ensino superior vão começar a ser obrigadas a fazer para a Caixa Geral de Aposentações.
Impõem-se, então, as perguntas: Como concentrar recursos suficientes na excelência e criar condições que permitam às universidades atingir e desenvolver níveis exemplares de qualidade? Como assegurar receitas adequadas e sustentáveis para as universidades e garantir que as verbas sejam utilizadas com máxima eficácia? Como garantir a autonomia e o profissionalismo tanto no âmbito da gestão como no domínio académico? Quando é que o Ensino Superior vai deixar de ser uma Alice não no País das Maravilhas, mas no País dos Matraquilhos, onde o que é importante é o golo e não a forma como é marcado?...Qual é o futuro do Ensino Superior em Portugal?


por: Mikas

26/06/09

In memoriam...



por: Suki


Diário de uma semi-paralítica de 22 anos

“Isso só acontece aos outros”. “Isso só acontece a quem é descuidado”. “Isso só acontece aos velhos”. Quantas vezes é que damos por nós a pensar ou a dizer estas mesmas frases? “Acontecer-me a mim? Nah…Impossível”. A verdade é que um bom velho amigo meu, de seu nome Karma, tem uma ligeira tendência para a ironia e para o sarcasmo e em 99,9% das vezes em que proferimos “Isso só acontece aos outros” vem o Karma e dá-nos uma dentada no traseiro.
Se nós jovens temos prazer em desafiar o Karma, mais prazer temos em desafiarmos os nossos pais e em fazer-lhes ouvidos moucos. Como boa jovem que sou, também eu passei a maioria dos meus anos de adolescente a não prestar atenção aos meus pais quando estes me diziam, por exemplo, “Tem cuidado! Não faças isso assim que acabas por te magoar”. “Magoar-me? Eu? Isso só acontece aos outros!”, seria a minha resposta. Seguia-se, pois está claro, todo aquele discurso de “Um dia vais dar-me razão e nesse dia será tarde demais”. Nunca quis acreditar que esse dia chegasse. A verdade é que pelos vistos desafiei o Karma one too many times e ele decidiu então dar-me a maior dentada no traseiro de sempre.
No mês de Fevereiro deste nosso tão belo ano de 2009 vi-me a braços com uma daquelas coisas que nós jovens pensamos sempre que “Só acontecem aos velhos”. Foi-me diagnosticada uma hérnia discal lombar que tinha decidido instalar-se na minha coluna vertebral, visto que esta é possuidora de uma beleza excepcional. Estando ela a viver na minha espinha sem pagar renda sem nada decidi, como péssima administradora de condomínio que sou, expulsa-la. “Ou a bem ou a mal vou ver-me livre de ti”, disse-lhe. Contratei então um especialista em expulsar este tipo de habitantes indesejados.
Tal como anunciado este especialista é mesmo muito bom no que faz e em pouco mais de 2 horas e meia viu-se livre da minha habitante indesejada. Mas a verdade é que nem tudo é um mar de rosas que se resolve com um corte e costura. A receita para o sucesso passada pelo especialista baseia-se em “Tem cuidado com os movimentos que fazes; não faças esforços; não conduzas se não for preciso; anda bastante…no mínimo uma hora por dia”.
E foi assim que por ter desafiado o Karma em demasia que ele me trincou. E foi também assim que me transformei numa semi-paralítica de 22 anos que passa as tarde sentada num cadeirão vermelho na sala a olhar pela janela e ver as nuvens passar. O que vos posso dizer mais? Ah sim…eu aprendi a minha lição. Pelo menos por agora.

Todos os dias são iguais…só as nuvens é que mudam.
por: Suki

24/06/09

Resiliência...

os dicionários definem esta palavra da seguinte forma:
"MECÂNICA - capacidade de resistência de um material ao choque, que é medida pela energia necessária para produzir a fractura de um provete do material com dimensões determinadas;

FIGURATIVO - capacidade de defesa e recuperação de uma pessoa perante factores ou condições adversos."

Esta definição mimétrica, pessoalmente, não permite averiguar a verdadeira essência desta palavra tão desconhecida pelo tradicional falante do Português. Acho que resiliência é uma qualidade que nasce com todos nós, mas só alguns conseguem usá-la... é ter a capacidade de nos ultrapassarmos e trabalharmos o tempo ao nosso próprio sabor... é ter uma pequena luz dentro de nós, que nos permite iluminar todos os nossos caminhos e guiar-nos para os nossos sonhos... ter resiliência é ter o milage da vida em nós, sabendo lutar por ele seja qual for o obstáculo que o ofusca...

ter resiliência é...
por: Mikas



Every Haley needs a Lucas




Just as every Will needs his Grace





Às vezes tudo o que se precisa é de alguém que pense em nós, que se preocupe de verdade, que nos oiça sem julgar, que partilhe os nossos pensamentos e sentimentos e que nos faça rir. É preciso ter muita sorte em encontrar alguém assim e passar anos com essa pessoa sem discussões ou mal – entendidos. Às vezes damos as coisas mais simples da vida – a amizade, por exemplo - como adquiridas e pura e simplesmente deixamos de lhes dar a devida atenção. Mais tarde, as circunstâncias da vida acabam por nos separar dessa tal pessoa com quem partilhámos tanto tempo e tantas histórias; e essas mesmas circunstâncias fazem com que o tempo passe rápido demais e o contacto acabe por falhar. No entanto, a verdadeira amizade – a nossa amizade – não precisa de uma partilha diária para subsistir. Ambos sabemos que estamos presentes um para o outro quando o outro necessita e é isso que faz da nossa amizade uma alegria genuína e preciosa demais para desperdiçar.

por: Suki


"Tudo tem um começo modesto."

Marcus Cicero


por: Mikas